Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
O bicho, meu Deus, era um homem.
Manuel Bandeira
1 comment:
Esse foi um dos primeiros poemas dele que conheci e gostei!!
Adorei sua visita, vou futucar mais seus blogs!!
Beijos!!
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